O Brand Up apresentou, neste 45.º Portugal Fashion, um conjunto de novidades em relação ao modelo das edições passadas. Desde logo porque, pela primeira vez, não funcionou apenas como showroom, dado que os visitantes puderam adquirir os produtos das cerca de 80 marcas nacionais presentes no certame.
O Brand Up passou então a assumir uma vertente de mercado urbano, com entrada gratuita e sem convite. “Ao funcionar também como urban market, o Brand Up abriu-se à cidade e dirigiu-se a um público mais vasto do que aquele que habitualmente assiste ao Portugal Fashion. Demos assim a possibilidade a mais pessoas de adquirirem produtos de excelência made in Portugal, muitos deles, como é o caso da moda de autor, nem sempre acessíveis ao consumidor”, explica a project leader do Portugal Fashion, Mónica Neto.
Como habitualmente, o Brand Up dedicou especial atenção à moda de autor. Carla Pontes, David Catalán, Katty Xiomara, Pé de Chumbo ou Susana Bettencourt tiveram peças suas no certame, assim como os jovens designers do Bloom Carolina Sobral, ARIEIV, João Sousa, 0.9 Vírus, Unflower, Maria Meira e Rita Sá. Na moda de autor incluiram-se também os criadores e marcas Opiar, João Magalhães, Duarte, Cristina Real, Archie Dickens powered by ModaLisboa.
No segmento de vestuário, estiveram presentes no Brand Up várias marcas nacionais como a Meam, a Concreto ou a Buzina, que deram a conhecer as suas linhas de pronto-a-vestir. A lista de expositores contemplou também um significativo número de marcas de calçado e acessórios, designadamente a Josefinas, a Ambitious, a Fly London, a Gladz, a J Reinaldo, a Eureka ou a Nobrand. Entre os expositores de joalharia e ourivesaria, registaram-se nomes como Eugénio Campos Jewels, José Santos Joalheiros, Sofia Godinho, CARLA_M.Jewellery, entre muitas outras marcas e designers.
Outra novidade foram as Brand Up Sessions, um conjunto de talks (dias 24, 25 e 26 de outubro) sobre temas de grande interesse para a fileira moda. Sustentabilidade ambiental, redes sociais/comércio eletrónico e relação com os buyers foram alguns dos assuntos em análise e debate com especialistas nacionais e internacionais nas áreas da moda, do marketing, do branding e dos social media.
Entre os oradores convidados destacou-se, no dia 24 de outubro, às 16h00, a business development e empreendedora Irene-Marie Seelig, que foi selecionada, em 2018, para o ranking Forbes 30 Under 30 na categoria “Building the products of tomorrow”.
Atualmente ocupa o cargo de global segment lead na Swarovski, assumindo um papel fundamental no desenvolvimento da inovação da marca, dentro de padrões de sustentabilidade. Pelo trabalho desenvolvido na marca Stella McCartney, Irene-Marie Seelig venceu também o Kering Award Sustainable Innovation.
Nesse mesmo dia, 24 de outubro, o palco do Brand Up acolheu uma apresentação do programa COSME, iniciativa comunitária que tem como objetivo reforçar a competitividade e sustentabilidade das PME do espaço europeu e que este ano vai realizar uma campanha direcionada para a indústria do têxtil e calçado.
No dia 25 de outubro, às 16h00, a atriz Rita Pereira, destacada pela Forbes como a influencer mais poderosa do nosso país, integrou uma conversa com especialistas internacionais de marketing de moda. Na tarde de sábado, 26 de outubro, o destaque foi para a referenciada designer de moda italiana Marina Spadafora, galardoada pelas Nações Unidas (Women Together Award), que conta com colaborações com marcas como a Prada, a Miu Miu e a Ferragamo e que coordena o movimento Fashion Revolution em Itália. Paulo Gomes, diretor criativo do Manifesto Moda e curador criativo do iTechStyle Green Circle, juntou-se a esta conversa com uma visão integradora do trabalho que tem vindo a ser feito por designers e indústria, em Portugal.
Entre as talks tiveram lugar as Brand Up Music Sessions, com live performances de DJ conhecidos, como Miguel Rendeiro, João Dinis e DJ Simone ft Barbarella. Destaque também para a apresentação Susana Bettencourt X Ana Guiomar (sábado, 26 de outubro, às 17h00), que consistiu numa coleção cápsula com fins solidários. A compra destas peças pôde ser efetuada no Brand Up e reverteu a favor da ATA – Associação Telefone de Amizade, que se dedica à prevenção do suicídio e ao apoio em situação de crise pessoal.
A dinâmica de vendas do Brand Up foi ainda reforçada pela parceria do Portugal Fashion com a concept store Wrong Weather, que esteve presente no certame com um painel táctil com ligação à respetiva loja online. A celebrar 10 anos de atividade, a Wrong Weather promoveu durante o Portugal Fashion uma campanha de vendas see now, buy now com as coleções dos designers David Catalán e Inês Torcato.
Apoio de toda a fileira moda
O Brand Up funcionou, como habitualmente, em paralelo aos desfiles e apresentações de moda, podendo nesta edição ser visitado entre os dias 24 e 26 de outubro, na Alfândega do Porto. Estiveram estar presentes cerca de 80 marcas nacionais, abarcando todos os setores da fileira moda (moda de autor, pronto-a-vestir, calçado, joias e acessórios) e ainda o segmento lifestyle.
Para a diversidade de produtos do Brand Up muito contribuiu o apoio dado ao evento pela generalidade das associações socioprofissionais da fileira moda, sendo que cada uma delas indicou um conjunto de marcas dos setores de atividade que representam. Assim, para além das marcas convidadas pela ANJE – Associação Nacional de Jovens Empresários, o Brand Up incluiu marcas powered by ATP – Associação Têxtil e Vestuário de Portugal / Associação Seletiva Moda (através do projeto Fashion From Portugal), Associação ModaLisboa, APICCAPS – Associação Portuguesa dos Industriais de Calçado, Componentes, Artigos de Pele e seus Sucedâneos, AORP – Associação de Ourivesaria e Relojoaria de Portugal e ANIVEC – Associação Nacional das Indústrias de Vestuário, Confeção e Moda / CENIT – Centro Associativo de Inteligência Têxtil (através da iniciativa MODAPORTUGAL).
Este leque de parceiros institucionais permite ao Brand Up abranger, de forma mais cabal, todos os setores de atividade da fileira moda, desde a moda de autor ao pronto-a-vestir, calçado e marroquinaria, passando pela ourivesaria, a joalharia e os produtos lifestyle.
“Todos estes setores são exemplos da excelência do made in Portugal e contribuem substantivamente para a criação de valor, para a capacidade empregadora e para a competitividade internacional da fileira moda. Para além da qualidade das matérias-primas e do know-how instalado, trata-se de setores que têm em comum uma aposta crescente no design, na inovação e na internacionalização”, sublinha Mónica Neto.
A organização do Brand Up é da responsabilidade do Portugal Fashion e da sua entidade promotora, a ANJE, no quadro do projeto Next Step, que é vocacionado para ações de promoção comercial de criadores e marcas portugueses, nomeadamente em showrooms internacionais.